Reflexões sobre o ato de escrever...
“Só o tempo determina se o que foi escrito fica.” – Ariano Suassuna
Há dois anos atrás, depois de muito ler e conviver com o vasto universo da literatura infantil, decidi criar a minha própria história. Investi num sonho e não me arrependo, pois nasceu “Capitu lê”, meu primeiro e inesquecível livro.
E hoje, neste dia em que comemoramos o dia nacional do escritor, me pergunto se é isso que acontece com todos aqueles que se atrevem a escrever, a por suas ideias no papel, a expor seus sentimentos através da palavra escrita. E sinceramente, acho que sim. Compartilhei ainda hoje, uma frase de Clarice Lispector que diz “Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida”.
E acho que é isso mesmo. Chega uma hora que somos obrigados a colocar para fora tudo aquilo que nos sufoca, que transborda em nós, sejam as dificuldades, os amores, as histórias da nossa infância, as experiências profissionais, os desejos, tudo aquilo que nos move, pois como diz Galeano, “somos feitos de histórias”. E essas histórias são comuns, entre todas as pessoas, às vezes muda-se o contexto, mas somos humanos, partilhamos dos mesmos sentimentos e necessidades. E aí se dá a magia da leitura. O reconhecimento do leitor dentro da obra escrita, aquela impressão constante que o autor nos conhece e está reproduzindo ali, naquela narrativa que temos em mãos, os nossos sentimentos, a nossa vida, os nossos problemas. Através dessa leitura conseguimos analisar nossa vida por um outro ângulo e repensar soluções que não estavam claras, ou que estavam obscurecidas pelo convívio diário e pela falta de reflexão. O escritor nos ajuda a organizar nosso pensamento, além de nos levar a conhecer mundos, culturas, situações até então desconhecidas.
E se você tem o desejo de colocar suas ideias para fora, se você tem vontade de escrever, de publicar, arrisque! Escreva um conto, um poema, uma crônica, um romance, ou até um ensaio simples como esse, mas não desista. Investir no seu sonho e poder compartilhar essa realização não tem preço! (Jacqueline Carteri)
“Um escritor deve acreditar que o que está a fazer é o mais importante do mundo. E deve apegar-se a esta ilusão, ainda que saiba que não é verdade.” John Steinbeck
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