Quão ciente você esta da sua finidade? Com que frequência a ideia de que, esse pode ser o seu ultimo dia, passa por sua cabeça? Imagine, esses podem ser os seus últimos quinze minutos de vida, isso te incomoda?
Eu sempre parto de um princípio, para sofrer basta nascer, também se deve ignorar toda alegação mística, então seguiremos a ideia de que ninguém escolhe ou decide nascer, seus quinze minutos estão se esgotando, chegamos a essa vida sem pedir e sem aviso, única e exclusivamente por uma decisão egoísta de outras duas pessoas que também não decidiram sobre seu próprio nascer, quatorze minutos, que por uma pressão social, estética, religiosa ou acidentalmente, impõem a vida a outro ser que estava completamente alheio a todas essas outras coisas, sem culpa, razão ou escolha, treze minutos, surge para a vida, surge para sofrer, claro, agora você deve estar cogitando “Mas a vida é tão boa”, é mesmo? Já parou para pensar o motivo de você pensar isso? Doze minutos, qual foi a última vez que você passou fome? Mas fome de verdade de não ter nada para comer e não saber quando vai ser a próxima vez que vai poder se alimentar, e não uma fome de ter ficado sem almoço, imagine morrer de fome, onze minutos, não deve ser muito bom, né? Entenda, você só pensa que a vida é boa por estar suficientemente distraído ou só envenenado por uma positividade tão toxica a ponto de ter a lógica completamente tapada, dez minutos, “Ah, mas existem os prazeres da vida também”, sim não negaremos os prazeres da vida, prazeres esses que podem variar diametralmente de pessoa para pessoa, sexo, alta gastronomia, amor correspondido, fazer o bem aos outros e tudo mais, mas me diga, quanto isso valeria para uma pessoa sem teto? Ou que more na rua? Nove, talvez transar na rua não seja tão prazeroso assim, não é? “Poxa você é muito pessimista, só vê o lado ruim das coisas” deve estar esbravejando agora, esse é o ponto, eu vejo, ou você alguma vez pensou em coisas assim? Ou só ignora pra poder seguir com a sua vida maravilhosa?! Não leve tudo isso para o lado pessoal por favor, não quero só esfregar na sua cara seus privilégios, mas, que pense, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um.
Zero, mal escrito, ofensivo, sem sentido, igual a vida.
Este texto é de responsabilidade do autor/da autora.
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