Reinava absoluto em seu castelo.
Não ouvia ninguém, além do bobo da corte. Seu reinado se resumiu a uma grande piada de mau gosto.
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Tentando se encaixar em espaços que não cabia, espaços que não eram seus, a borboleta voltou a virar larva.
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Acreditava que o tempo resolveria todos os problemas, curaria feridas, acalantaria a alma… cansada de esperar, adiantou o relógio.
- “Foi antes da hora” - disseram.
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Pra não morrer de fome, catou lixo.
Pra não morrer de fome, vendeu lixo.
Pra não morrer de fome, comeu lixo.
Morreu invisível. E com fome.
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Pegou ônibus lotado, trabalhou o dia todo. Cansado. Chegou em casa, sentou em frente à TV, abriu um livro e viajou.
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Bateu na esposa na sexta.
Saiu com a amante no sábado.
Aos domingos, devoto, nunca perdeu uma missa.
Este texto é de responsabilidade do autor/da autora.
Ótimos Microcontos!!
Parabéns!